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Tvlata visita a casa de Pierre Verger

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Subido el 22 de enero de 2009 por EducaMadrid

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Tvlata visita a casa de Pierre Verger

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Amiguinho, a fundação é aqui, né? 00:00:00
Onde morou Pierre Virger? Nesta casa que nós estamos indo agora visitar. 00:00:12
O que foi Pierre Virger? 00:00:16
Pierre Virger foi um etnólogo, fotógrafo, escritor, antropólogo. 00:00:30
Ele reuniu todos esses conhecimentos a partir das suas fotos, feitas a partir dos anos 30. 00:00:37
Fotografou até os anos 70 e deixou um legado de 62 mil negativos de fotos em preto e branco de todos os continentes. 00:00:45
Pierre Virger é um dos, se não um dos maiores, mas um dos grandes representantes da cultura afro-brasileira 00:00:56
através das suas imagens e relatos vividos pessoalmente na África, em Cuba, no Chile, 00:01:06
em todos os lugares onde a cultura negra é, digamos assim, visibilizada. 00:01:16
Eu tive a oportunidade de estar com ele na África e pude perceber de perto como as pessoas tinham respeito 00:01:23
como uma pessoa que não tinha nascido na África e sabia tanto de África quanto outras pessoas que estavam lá, né? 00:01:33
Nós vamos agora para um lugar mágico. Não se preocupe, não é um PG, não é uma criança. 00:01:51
Quando eu cheguei aqui, no início dos anos 80, confesso para vocês que eu tinha, não era dificuldade, 00:01:59
não encontrava muitos motivos que me levasse à literatura com afinidade, com certeza de que você pode crescer através disso. 00:02:07
Foi a partir que eu conheci o Pierre Virger, ele me deu o primeiro livro. 00:02:18
O livro que é assunto para mim reflete a Bíblia do Candomblé, a Bíblia para a gente entender a força dos deuses africanos, da mitologia, né? 00:02:23
Aqui a gente tem, por exemplo, eu queria abrir um livro que é uma edição nova, o Retratos da Bahia, 00:02:41
porque o Retratos da Bahia reflete, tem registros de coisas, Carnaval, por exemplo, ou das procissões do catolicismo que estava também vinculado ao Candomblé, né? 00:02:48
As procissões Nossa Senhora, que nem como a gente fala da Lavalha do Bonfim, você tem fotos da pessoa do Senhor Morto. 00:03:06
Então o Retratos da Bahia hoje é um livro que tem, assim, o poder de reflexão de uma época onde o respeito, ou até para que você possa lembrar das comidas que hoje já não se vê mais, é fó. 00:03:14
Zé Lito, cadê você? 00:03:35
É fó, fritada, galinha de molho pardo, a gente não encontra muitas coisas, mas muitas coisas nascem hoje por causa do resgate. 00:03:39
Você tem a mão nisso, porque através de pessoas que lutam pela manutenção dessa, vocês também têm a virtude, porque vocês serão mantenedores dessa cultura. 00:03:50
Acho que a questão nossa é a multiplicação, então o trabalho de vocês tem visibilidade por causa da força, do respeito, né? 00:04:02
Da vontade de fazer, multiplicar mesmo, crescer, né? 00:04:10
Na época das festas de larga as pessoas iam comprar frutas, hoje vão beber cerveja, você vê que tem umas mudanças aí, né? 00:04:16
Um apelo enorme. 00:04:24
Um apelo enorme, essas nós podemos chamar de nossas festas. 00:04:26
Eu sou de uma época que pegava-se o timbal, né? 00:04:30
E saía todos os amigos com a gogô timbal fazendo a batucada, não ia de ônibus para a festa, por exemplo, de Bofim, Rio Vermelho, Conceição. 00:04:34
Todos, num dia de véspera, saía mais ou menos à meia-noite, uma turma que eu sou nascido na federação, a gente saía com o batuque, ninguém brigava, ninguém se agredia, ninguém voltava faltando um pedaço ou perdendo, não sabe, essas coisas. 00:04:44
Eu achei interessante o que você falou naquela hora que o PMJ conhecia bastante a África. 00:04:59
Sim. 00:05:04
Queria saber esse interesse que ele tem com a África, como que é esse interesse? 00:05:05
Na verdade, é uma coisa que preocupa um pouco as pessoas quando elas veem, assim, por que esse interesse, mas não foi um interesse, na verdade foi uma energia mesmo. 00:05:08
Uma curiosidade. 00:05:19
Ele nasceu em uma família que tinha um poder de aquisição muito bom, ele era um homem, tá bom? 00:05:20
Então, o que que acontece? Quando ele se sentia meio obrigado a ir àqueles jantares, aquelas coisas mais ou menos sofisticadas, que ele não tinha muito... 00:05:28
Na época, na França, o PMJ se divertia nos bairros onde iam os negros, onde os empregados iam tomar vinho de péssima qualidade, é aí que ele estava, entendeu? 00:05:40
Porque lá tinha... 00:05:51
Então ele sempre teve esse contato com os negros. 00:05:53
Ele sempre teve essa vontade, era natural essa sua interação com a cultura negra. 00:05:55
Quando vocês querem algumas imagens de PRVG, seja lá qual for, ela passa por aqui, por esse setor, para saber qual é a necessidade, para onde vai e que projeto é. 00:06:26
Então, esse é o cidadão que determina através de tudo que nós somos uma empresa também, então é o regimento natural de empresa, certo? 00:06:37
Eu vou te mostrar como ele guardava os negativos. 00:06:56
Ele coloca a manteiga, e eu cuidei disso por mais de 10 anos. 00:07:00
Aqui tinha, vou usar, vou usar, tirar um negativo, tá? 00:07:05
Aqui dentro tem o contato e a peça, o negativo em si, aqui dentro. 00:07:12
Deixa eu tirar aqui uma coisa bonita para você ver. 00:07:18
Olha, gente! 00:07:21
Fantástico! 00:07:24
Na verdade, esse é o PRVG. 00:07:25
Uma das faças, uma das suas nuances. 00:07:28
A memória está ali, né? 00:07:30
O mercado da concessão. 00:07:32
É, a roupa do mercado, com certeza. 00:07:34
Olha lá, o Forte São Marcelo, tá vendo? 00:07:36
Exatamente, olha para quantos abelhos. 00:07:38
Em que ano é esse? 00:07:40
Essa foto, 1946. 00:07:41
Olha, uau! 00:07:44
Volta e meia eu passo aqui e sinto a presença do próprio Verger. 00:07:47
Não tenho problemas com isso. 00:07:50
Essa era a mesa dele. 00:07:52
Tem uns fatos pictorescos na vida dele com relação a isso. 00:07:55
Ele sentava assim desse lado. 00:08:00
Claro que a mesa era bem mais para lá, né? 00:08:02
E isso aqui era uma montanha, né? 00:08:05
Era uma montanha, né? 00:08:08
Claro que a mesa era bem mais para lá, né? 00:08:11
E isso aqui era uma montanha de papel. 00:08:14
Você sabe a montanha de papel? 00:08:17
Todas com alguns manuscritos, algumas datas, algumas referências, qualquer. 00:08:19
Um dia alguém chegou aqui e disse 00:08:23
Ah, que mesa mais desorganizada. 00:08:25
E aí... 00:08:27
Ficou tudo muito bonitinho. 00:08:31
Quando o PRVG chegou, ele estava na rua. 00:08:33
Quando ele chegou aqui, os cabelos dele... 00:08:35
O que é isso na minha mesa? 00:08:40
Não encontro mais nada. 00:08:42
Realmente não estava desorganizado. 00:08:44
E essa aqui é a cama, como vocês vêem. 00:09:00
Aí você vai perceber que esse homem não era aquele sofisticado. 00:09:02
Uma outra coisa que vocês podem perceber 00:09:09
O PRVG terminou para mim, assim, como observação disso 00:09:11
Ensinando muitas coisas legais 00:09:20
Porque como artista, você que também vem da minha geração 00:09:22
A gente veio chegando e a gente começava a se destacar no nosso bairro 00:09:26
Como vocês hoje, vocês do Bagunçaço, vocês se destacam 00:09:31
Como esses meninos daqui da fundação 00:09:35
Não que são diferentes, melhores ou piores 00:09:38
Mas são pessoas que fazem, que criam uma referência com a realidade 00:09:40
Então a gente vem cheio de manias, digamos assim 00:09:45
Porque eu estou dançando, eu fui o moço lindo do Badauê 00:09:48
Eu já tinha dançado no show de Caetano e as pessoas entendem 00:09:52
E aí eu conheci um cara que tinha um poder, um conhecimento incrível 00:09:56
E que tinha os pés no chão 00:09:59
Na verdade toda a minha referência, que eu sempre estou lá 00:10:06
Quando tem palestra e tudo, conversa a respeito da questão do homem negro 00:10:09
Vem do PRVG, porque eu via muito antropólogos, muita gente branca 00:10:13
E falar muito do candomblé, falar da cultura negra, eu desconhecia muito 00:10:19
Até que eu descobri o livro do PRVG, mergulhei em muitos deles 00:10:23
E a minha formação, eu diria, de conhecimento e de autocrítica 00:10:26
Porque a gente fica dizendo, ah, o branco foi lá e escravizou a gente 00:10:30
Não, houve participação nossa, é uma culpa da humanidade 00:10:33
Não foi um deixar, foi apenas, é o que acontece hoje 00:10:36
Vocês veem que as manifestações culturais apropriadas para o nosso regimento 00:10:40
Para a consciência, a valorização, a conscientização 00:10:47
São menos queridas no nosso meio 00:10:50
Mais duas outras coisas de popularidade, como pagode, ralateca no chão 00:10:53
É no asfalto? Ah, porque está chegando o verão, né? 00:10:59
Entendeu? Então a gente, às vezes, se vocês perceberem, é nossa essa dificuldade 00:11:03
De contemplar, de se organizar, até para perceber 00:11:07
Que você pode conviver também com o outro segmento, a outra manifestação 00:11:11
Mas, pô, não menosprezar a sua 00:11:15
Esse é o nosso caminho 00:11:18
E eu queria falar de Mãe Senhora, que é quem pede o PRVG no PG 00:11:29
Mãe Senhora Oxumiwa, que é uma das principais Mães de Santos de todos os tempos 00:11:35
E que foi Mãe de Santos do Axiopo Afonjá 00:11:43
Não sei se vocês já ouviram falar, certamente 00:11:48
E o Axiopo Afonjá é quem torna o PRVG o Oju Obá, quer dizer, o Olho de Xangô 00:11:51
Dado o motivo de o PRVG ter ido tantas vezes à África 00:12:01
De ter tido tão grande referência perto aos deuses africanos 00:12:06
As pessoas que cuidavam espiritualmente dessa cultura 00:12:11
Viam, ouviam nele uma referência através do seu olhar, das suas fotos 00:12:14
Então o PRVG não se torna o Olho de Xangô por acaso 00:12:21
Ele também fez lá suas referências, fotografou 00:12:26
O Isodús é uma referência que tem para os Orixás, que são, se multiplicam 00:12:29
Vai até 416, mas sempre se multiplicando 00:12:46
Em vez de vocês, cada um de vocês, para mim, um desses Isodús 00:12:52
Com o poder de levar, de multiplicar essa informação 00:12:57
Obrigado por assistir 00:13:21
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Idioma/s:
pt
Autor/es:
Tvlata
Subido por:
EducaMadrid
Licencia:
Reconocimiento - No comercial - Sin obra derivada
Visualizaciones:
549
Fecha:
22 de enero de 2009 - 13:32
Visibilidad:
Público
Enlace Relacionado:
Neokinok.tv en colaboración con los alumnos del grupo cultural Bagunçaço y realizado por la Embajada de España en Brasil/Agencia Española de Cooperación Internacional.
Duración:
13′ 21″
Relación de aspecto:
4:3 Hasta 2009 fue el estándar utilizado en la televisión PAL; muchas pantallas de ordenador y televisores usan este estándar, erróneamente llamado cuadrado, cuando en la realidad es rectangular o wide.
Resolución:
448x336 píxeles
Tamaño:
48.06 MBytes

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