Saltar navegación

Activa JavaScript para disfrutar de los vídeos de la Mediateca.

Minhas vizinas

Ajuste de pantalla

El ajuste de pantalla se aprecia al ver el vídeo en pantalla completa. Elige la presentación que más te guste:

Subido el 12 de febrero de 2009 por EducaMadrid

610 visualizaciones

Entrevistas com as vecinhas do bairro dos Alagados

Descargar la transcripción

Música 00:00:00
Boa tarde, meu nome é Fernanda 00:00:24
Vou fazer uma entrevista com Luísa 00:00:27
O que mudou no seu bairro? 00:00:29
Quando eu era pequena pra cá mudou muita coisa 00:00:31
Porque a gente vivia na palafita, entendeu? 00:00:35
Era a casa toda de madeira, entendeu? 00:00:38
Diante era tudo talba, agora não 00:00:42
Agora tudo terra, os meninos tem um lazer 00:00:45
Jogam bola à vontade 00:00:48
Agora o perigo que tem só é os carros 00:00:50
Mas diante era pior que era maré, era vidro, saco de hosta 00:00:52
Muito toco, prego, tudo que as crianças... 00:00:56
Caía na maré e só era prejuízo 00:00:59
Porque aqui era tudo mar, né? 00:01:03
Tudo era alagado, tudo, tudo aqui era alagado 00:01:05
Meus filhos mesmo quase todos caíram na maré 00:01:08
Só teve uns dois ou três filhos meus que não caíram na maré 00:01:13
Porque os outros tudo caíram na maré 00:01:16
Eu caí na maré uns dias 00:01:18
Tinha gente que passava pela ponte 00:01:22
Quebrava as crianças, os adultos, tudo caía na maré 00:01:24
Não tinha idade, era velho, era novo 00:01:27
Era tudo que a idade caía na maré 00:01:30
Agora tem pé de aves ali, tem um pé de lima 00:01:35
Tá dando lima 00:01:38
Agora é beleza 00:01:40
Essa aqui mesmo é minha filha 00:01:46
Só ela que não caiu na maré 00:01:48
Quando ela nasceu já era terra 00:01:50
O que mudou nesse bairro aqui? 00:01:53
Tudo 00:01:55
Tudo? 00:01:57
Principalmente que diazinho não tinha 00:01:59
A violência, né? 00:02:02
Tá demais 00:02:04
Mas naquela época era muito bom 00:02:06
Que era pouca violência, não havia muita droga 00:02:08
Entendeu? 00:02:11
Era uma brincadeira, salia, todo mundo tinha 00:02:13
Mas de lá pra cá, pra mim, só o que mudou 00:02:15
Foi a violência ficar de volta 00:02:18
E as drogas ficar tomando conta dos nossos jovens 00:02:20
Só o que mudou foi a violência? 00:02:23
É, a violência 00:02:25
A violência, as drogas, entendeu? 00:02:27
E hoje em dia ninguém considera mais ninguém 00:02:30
Luísa, eu vou te falar 00:02:35
Não, não precisa 00:02:37
E a senhora mora há quanto tempo aqui? 00:02:38
Trinta e cinco 00:02:40
Trinta e cinco, mas tem a história aqui de ano 00:02:41
Cheguei pra aqui, tinha a igreja São José de Italeira 00:02:43
Fazer navio 00:02:48
Passar aí na rua 00:02:50
A gente, depois que terminou 00:02:52
Que a gente foi nos engolir 00:02:54
Foi o mutirão? 00:02:56
Depois foi o que fizeram 00:02:58
O pessoal se juntou pra... 00:03:01
Fazer a rua 00:03:03
Aí depois nós engolimos 00:03:05
Antes que tenha, a rua mutirão 00:03:09
Aí depois botaram Luísa e Gonçalo 00:03:11
Eu pensava até que foi o governo que... 00:03:13
Por isso que não tem prefeitura, não varre aqui 00:03:16
Porque diz que é terreno particular 00:03:19
Entendi 00:03:21
Então pessoal, aqui é como se fosse um terreno particular 00:03:23
Porque foi feito pelos moradores 00:03:26
É interessante, eu não conhecia essa história não 00:03:30
Qual era a brincadeira que você brincava antes? 00:03:35
Eu brincava de corda, de capistão, de lagarto 00:03:37
Entendeu? 00:03:41
Eu brincava de percola, cozinhinho 00:03:42
E a comida mudou alguma coisa? 00:03:46
Não, bem pouca coisa 00:03:48
Bem pouca coisa mudou 00:03:50
Porque pra mim continuou a mesma coisa 00:03:52
O que eu comia antes do amêndoas, eu continuo comendo 00:03:54
Nunca a senhora gostava de brincar? 00:03:58
Quando era pequena? 00:04:00
Eu vim pra aqui com 16 anos 00:04:02
A minha vida, toda a vida foi trabalhar 00:04:04
Eu gostava de brincar 00:04:08
Mas meus filhos brincaram muito 00:04:10
Que nasceram todos aqui 00:04:12
E brincaram muito 00:04:14
Brincaram, estudaram, se formaram 00:04:16
O que você gostava de brincar aqui no bairro? 00:04:20
Eu gostava de brincar de muita coisa 00:04:22
De bater lata, de se esconder 00:04:24
De roda 00:04:28
Porque realmente, quando era alagado 00:04:30
Não tinha o desvestimento que tem agora 00:04:32
Gostava muito de se esconder 00:04:36
Que era creche, nos matos 00:04:38
Era muito legal 00:04:40
Mas agora tá beleza 00:04:42
Agora tá jóia 00:04:44
Tem meu sobrinho aí 00:04:46
Que vinha morar aqui também 00:04:48
Pra cair na maré 00:04:50
Também, o Daniel 00:04:52
Eu sou sobrinho dela 00:04:54
Ele também, quando ele chegou aqui 00:04:56
Ainda era ponte ainda 00:04:58
Era pequenininho, mas era 00:05:00
Eu lembro que eu vinha pra cá de minha tia direto 00:05:02
Caía na maré 00:05:04
Porque eu queria correr em cima da ponte 00:05:06
Foi 00:05:10
Eu não sei, eu não me lembro, era pequeno 00:05:12
Mas eu acho que eu caí já 00:05:14
Aqui não, mas lá onde eu caí 00:05:18
Ajudei, ó 00:05:20
Botar areia aí, se aterrar, botar entulho 00:05:22
Foi muito bom, muito desvestido 00:05:26
Deixa eu olhar 00:05:28
O que te marcou aqui 00:05:36
Mais no bairro? 00:05:38
Um fato marcante que essa hora até hoje se lembra 00:05:40
A amizade 00:05:44
Que é muita 00:05:46
A pessoa sabendo viver, né? 00:05:50
Eu não sou daqui 00:05:52
Sou desplanada 00:05:54
Eu não sei onde é, mas 00:05:56
É perto do Sergipe, é fronteira com o Sergipe 00:06:00
Então 00:06:02
A pessoa sabendo viver 00:06:04
O importante é isso 00:06:06
Aí eu vim pra cá com 16 anos, tô com 60, tô aqui 00:06:08
Só alegria 00:06:10
Então 00:06:12
Aí a pessoa tem que saber viver 00:06:14
Agora porque não sabe, né? 00:06:16
As coisas que estão acontecendo hoje em dia 00:06:18
Você não pode ficar até 10 horas 00:06:22
Não pode ficar até 10 horas 00:06:24
A gente é muito 00:06:28
Essa semana mesmo bateu um cara aí 00:06:30
Baleado 00:06:32
E ninguém deu socorro 00:06:34
Fui dar socorro lá na frente 00:06:36
Fiquei sabendo essa história 00:06:38
Muito obrigado, dona Dominga 00:06:40
Boa, você já botou pela minha mente 00:06:42
Que eu nem sabia que essa rua 00:06:44
Fica com os moradores 00:06:46
Muito obrigado 00:06:48
Acabamos de entrevistar a dona Dominga 00:06:50
Deserrada! Deserrada! 00:06:52
Deserrada! 00:06:54
Valoración:
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Eres el primero. Inicia sesión para valorar el vídeo.
Idioma/s:
pt
Autor/es:
Tvlata
Subido por:
EducaMadrid
Licencia:
Reconocimiento - No comercial - Sin obra derivada
Visualizaciones:
610
Fecha:
12 de febrero de 2009 - 12:47
Visibilidad:
Público
Enlace Relacionado:
Neokinok.tv en colaboración con los alumnos del grupo cultural Bagunçaço y realizado por la Embajada de España en Brasil/Agencia Española de Cooperación Internacional.
Duración:
06′ 57″
Relación de aspecto:
4:3 Hasta 2009 fue el estándar utilizado en la televisión PAL; muchas pantallas de ordenador y televisores usan este estándar, erróneamente llamado cuadrado, cuando en la realidad es rectangular o wide.
Resolución:
448x336 píxeles
Tamaño:
25.46 MBytes

Del mismo autor…

Ver más del mismo autor


EducaMadrid, Plataforma Educativa de la Comunidad de Madrid

Plataforma Educativa EducaMadrid