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Minhas vizinas
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Entrevistas com as vecinhas do bairro dos Alagados
Música
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Boa tarde, meu nome é Fernanda
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Vou fazer uma entrevista com Luísa
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O que mudou no seu bairro?
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Quando eu era pequena pra cá mudou muita coisa
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Porque a gente vivia na palafita, entendeu?
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Era a casa toda de madeira, entendeu?
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Diante era tudo talba, agora não
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Agora tudo terra, os meninos tem um lazer
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Jogam bola à vontade
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Agora o perigo que tem só é os carros
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Mas diante era pior que era maré, era vidro, saco de hosta
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Muito toco, prego, tudo que as crianças...
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Caía na maré e só era prejuízo
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Porque aqui era tudo mar, né?
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Tudo era alagado, tudo, tudo aqui era alagado
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Meus filhos mesmo quase todos caíram na maré
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Só teve uns dois ou três filhos meus que não caíram na maré
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Porque os outros tudo caíram na maré
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Eu caí na maré uns dias
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Tinha gente que passava pela ponte
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Quebrava as crianças, os adultos, tudo caía na maré
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Não tinha idade, era velho, era novo
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Era tudo que a idade caía na maré
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Agora tem pé de aves ali, tem um pé de lima
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Tá dando lima
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Agora é beleza
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Essa aqui mesmo é minha filha
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Só ela que não caiu na maré
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Quando ela nasceu já era terra
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O que mudou nesse bairro aqui?
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Tudo
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Tudo?
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Principalmente que diazinho não tinha
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A violência, né?
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Tá demais
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Mas naquela época era muito bom
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Que era pouca violência, não havia muita droga
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Entendeu?
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Era uma brincadeira, salia, todo mundo tinha
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Mas de lá pra cá, pra mim, só o que mudou
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Foi a violência ficar de volta
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E as drogas ficar tomando conta dos nossos jovens
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Só o que mudou foi a violência?
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É, a violência
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A violência, as drogas, entendeu?
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E hoje em dia ninguém considera mais ninguém
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Luísa, eu vou te falar
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Não, não precisa
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E a senhora mora há quanto tempo aqui?
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Trinta e cinco
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Trinta e cinco, mas tem a história aqui de ano
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Cheguei pra aqui, tinha a igreja São José de Italeira
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Fazer navio
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Passar aí na rua
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A gente, depois que terminou
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Que a gente foi nos engolir
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Foi o mutirão?
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Depois foi o que fizeram
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O pessoal se juntou pra...
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Fazer a rua
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Aí depois nós engolimos
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Antes que tenha, a rua mutirão
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Aí depois botaram Luísa e Gonçalo
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Eu pensava até que foi o governo que...
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Por isso que não tem prefeitura, não varre aqui
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Porque diz que é terreno particular
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Entendi
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Então pessoal, aqui é como se fosse um terreno particular
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Porque foi feito pelos moradores
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É interessante, eu não conhecia essa história não
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Qual era a brincadeira que você brincava antes?
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Eu brincava de corda, de capistão, de lagarto
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Entendeu?
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Eu brincava de percola, cozinhinho
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E a comida mudou alguma coisa?
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Não, bem pouca coisa
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Bem pouca coisa mudou
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Porque pra mim continuou a mesma coisa
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O que eu comia antes do amêndoas, eu continuo comendo
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Nunca a senhora gostava de brincar?
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Quando era pequena?
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Eu vim pra aqui com 16 anos
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A minha vida, toda a vida foi trabalhar
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Eu gostava de brincar
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Mas meus filhos brincaram muito
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Que nasceram todos aqui
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E brincaram muito
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Brincaram, estudaram, se formaram
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O que você gostava de brincar aqui no bairro?
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Eu gostava de brincar de muita coisa
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De bater lata, de se esconder
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De roda
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Porque realmente, quando era alagado
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Não tinha o desvestimento que tem agora
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Gostava muito de se esconder
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Que era creche, nos matos
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Era muito legal
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Mas agora tá beleza
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Agora tá jóia
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Tem meu sobrinho aí
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Que vinha morar aqui também
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Pra cair na maré
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Também, o Daniel
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Eu sou sobrinho dela
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Ele também, quando ele chegou aqui
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Ainda era ponte ainda
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Era pequenininho, mas era
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Eu lembro que eu vinha pra cá de minha tia direto
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Caía na maré
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Porque eu queria correr em cima da ponte
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Foi
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Eu não sei, eu não me lembro, era pequeno
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Mas eu acho que eu caí já
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Aqui não, mas lá onde eu caí
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Ajudei, ó
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Botar areia aí, se aterrar, botar entulho
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Foi muito bom, muito desvestido
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Deixa eu olhar
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O que te marcou aqui
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Mais no bairro?
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Um fato marcante que essa hora até hoje se lembra
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A amizade
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Que é muita
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A pessoa sabendo viver, né?
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Eu não sou daqui
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Sou desplanada
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Eu não sei onde é, mas
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É perto do Sergipe, é fronteira com o Sergipe
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Então
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A pessoa sabendo viver
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O importante é isso
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Aí eu vim pra cá com 16 anos, tô com 60, tô aqui
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Só alegria
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Então
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Aí a pessoa tem que saber viver
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Agora porque não sabe, né?
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As coisas que estão acontecendo hoje em dia
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Você não pode ficar até 10 horas
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Não pode ficar até 10 horas
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A gente é muito
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Essa semana mesmo bateu um cara aí
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Baleado
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E ninguém deu socorro
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Fui dar socorro lá na frente
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Fiquei sabendo essa história
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Muito obrigado, dona Dominga
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Boa, você já botou pela minha mente
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Que eu nem sabia que essa rua
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Fica com os moradores
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Muito obrigado
00:06:48
Acabamos de entrevistar a dona Dominga
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Deserrada! Deserrada!
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Deserrada!
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- Idioma/s:
- Autor/es:
- Tvlata
- Subido por:
- EducaMadrid
- Licencia:
- Reconocimiento - No comercial - Sin obra derivada
- Visualizaciones:
- 610
- Fecha:
- 12 de febrero de 2009 - 12:47
- Visibilidad:
- Público
- Enlace Relacionado:
- Neokinok.tv en colaboración con los alumnos del grupo cultural Bagunçaço y realizado por la Embajada de España en Brasil/Agencia Española de Cooperación Internacional.
- Duración:
- 06′ 57″
- Relación de aspecto:
- 4:3 Hasta 2009 fue el estándar utilizado en la televisión PAL; muchas pantallas de ordenador y televisores usan este estándar, erróneamente llamado cuadrado, cuando en la realidad es rectangular o wide.
- Resolución:
- 448x336 píxeles
- Tamaño:
- 25.46 MBytes